segunda-feira, 5 de maio de 2014

Lindas fotos do telescópio Hubble.

Por Elenilton da Cunha Galvão




A história do Telescópio espacial Hubble pode ser rastreada até 1923, quando Hermann Oberth (considerado junto com Robert Goddard e Konstantin Tsiolkovsky os pais do sfoguetes modernos) publicou Die Rakete zuden Planetenräumen (O Foguete no Espaço Planetário), onde mencionou como um telescópio poderia ser lançado em órbita da Terra por um foguete.




O Telescópio espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope - HST) é um satélite astronômico artificial que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado pela agência espacial estadunidense  - NASA -  em 24 de abril de 1990, a bordo do  ônibus espacial Discovery (missão STS-31).


Comparação das imagens antes e depois da correção da falha do espelho



Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes, a mais famosa foi  que aconteceu para o ajuste de seus espelhos, pois, poucas semanas após o lançamento do telescópio, pelas imagens que voltavam, ficou evidente que havia um sério problema com o sistema óptico, embora as imagens parecessem de início ser mais nítidas do que as imagens obtidas em Terra.

NGC 1097 que possui um buraco negro em seu centro
100 milhões de vezes mais massivo que o sol.


O Hubble tem ajudado a resolver alguns antigos problemas da astronomia, bem como revelado novos resultados que exigiram novas teorias para explicá-los. Entre suas principais conquistas está a medição das distâncias das cefeidas com precisão inédita e, com isso, limitando o valor da constante de Hubble - a medida da taxa na qual o universo está em expansão, que está relacionada com a sua idade.

Os espectros e imagens de alta resolução fornecidos pelo Hubble têm sido particularmente úteis para estabelecer a prevalência de buracos negros no núcleo de galáxias próximas. Embora tivesse sido suposto na década de 1960 que os buracos negros seriam encontrados nos centros de algumas galáxias, coube ao Hubble contribuir para mostrar que os buracos negros são, provavelmente, comuns nos centros galáticos e que as suas massas e as propriedades destas galáxias estão intimamente relacionadas.



A colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter em 1994 foi um presente para os astrônomos, acontecendo apenas alguns meses após uma missão de manutenção restaurar o desempenho óptico do Hubble. As imagens que o Hubble conseguiu do planeta foram mais nítidas do que quaisquer outras tomadas desde a passagem da Voyager  2 em 1979, e foram cruciais para o estudo da dinâmica da colisão de um cometa com Júpiter, um evento raro.

Discos protoplanetários na nebulosa M42
(Nebulosa de Órion).


Outras grandes descobertas feitas usando dados do Hubble incluem discos proto-planetários na nebulosa de Orion; evidências da presença de planetas extra-solares em torno de estrelas como o Sol  e as contrapartidas ópticas das ainda misteriosas explosões de raios gama. O Hubble também tem sido usado para estudar os objetos nos confins do Sistema Solar, incluindo planetas anões Plutão e Eris.
 
Provável aparência do planeta anão Éris.
Várias iniciativas têm contribuído para manter o público informado sobre as atividades do Hubble. O Hubble Heritage Project foi criado para produzir imagens de alta qualidade para consumo público dos objetos mais interessantes e marcantes observados. A equipe do projeto é constituída por astrônomos amadores e profissionais, bem como de pessoas com experiência além da astronomia, e enfatiza o caráter estético das imagens do Hubble.

À seguir disponho de algumas das mais fascinantes imagens produzidas por este fantástico equipamento:

A maravilhosa Galáxia do "sombrero", ou  NGC 4594. Essa brilhante galáxia é conhecida como sombrero devido a sua aparência característica que se assemelha a um chapéu, foi descoberta em 1912, por Vesto Slipher no observatório Lowell. Créditos: NASA.


Nebulosa Olho de Gato, ou, NGC 6543. É uma nebulosa planetária na constelação do Dragão. Estruturalmente é uma das nebulosas mais complexas conhecidas. Créditos: The Atlantic.


A NGC 1999 é uma nebulosa difusa e de reflexão, situada na constelação de Orion a 1500 anos-luz de distancia do Sistema Solar. Na foto, uma estrela brilha atrás da nuvem de poeira cósmica. Crédito: The Atlantic.
A nebulosa Cabeça de Cavalo (ou Barnard 33) é uma nebulosa escura na constelação de Orion. A nebulosa está localizada logo abaixo de Zeta Orionis, estrela que faz parte do cinturão de Órion. Está a aproximadamente 1500 anos-luz da Terra. Aqui ela está em  infravermelho, O brilho vermelho se origina do hidrogênio, gás que predomina por trás da nebulosa, ionizado pela próxima estrela brilhante Sigma Orionis. Crédito de imagem: NASA, ESA , e The Hubble Heritage Team ( STScI / AURA )
V838 Monocerotis é uma estrela hipergigante vermelha, localizada na constelação de Monoceros, com uma magnitude aparente de +15,74. É indicada como uma das estrelas mais estranhas e brilhantes da Via-Láctea. É uma estrela variável, a uma distância de aproximadamente 20 000 anos-luz do Sol (6 kpc). A estrela provou um grande erupção em 2002 (abaixo). Originalmente, era um típica super nova, por causa das erupções, está completamente diferente. Créditos: NASA. 
Ecos de luz da esplosão que ocorreu na V838 Monocerotis, Créditos: NASA. 

Explosão da v838

Nebulosa de Hélix, NGC 7293 é uma nebulosa planetária localizada na constelação de Aquarius. Descoberta por Karl Ludwig Harding, provavelmente antes de 1824, essa nebulosa é uma das nebulosas mais próximas da Terra. Sua distância da Terra é de aproximadamente 700 anos-luz. A nebulosa de Hélix já foi chamada várias vezes de Olho de Deus. Créditos: Martin Pugh.
NGC 6302 (também chamada de Nebulosa Borboleta) é uma nebulosa planetária bipolar na constelação do Escorpião. A estrutura da nebulosa é uma das mais complexas já observadas em Nebulosas planetárias. O espectro de NGC 6302 mostra que sua estrela central é um dos mais quentes objetos da galáxia, com uma temperatura de superfície superior a 200 mil Kelvins, o que implica que a estrela da qual se formou deve ter sido muito grande. Créditos: NASA.

Localização:

Incrível e belíssima estrutura da nebulosa planetário M2-9, ou Nebulosa "Mariposa", que está localizada na constelação de Ofiuco e distante 2.100 anos luz da TerraA “Mariposa”  revela as etapas finais de uma estrela binaria que estão situadas no centro da nebulosa, as componentes são uma estrela gigante e una anã branca quente com um período orbital de 120 anos em torno da estrela maior. Créditos: NASA.
A galáxia NGC 4826 é também conhecida como Galáxia do “Olho Negro” devido a sua extraordinária aparência escura com numerosos pontos brilhantes. A característica mais estranha e peculiar observada nesta galáxia diz respeito aos seus movimentos internos, enquanto os braços externos movem-se em uma direção, a parte interna move-se para outra direção, este fato é de difícil explicação, mas os cientistas acreditam na hipótese de que a galáxia NGC 4826 seja o resultado da colisão entre duas galáxias, uma grande e uma pequena. Créditos: NASA.


Localização:



A imagem enorme da Nebulosa de Eta Carinae (NGC 3372), uma das mais dinâmicas e complexas lugares que conhecemos na Via Láctea. A visão que o Hubble fornece da nebulosa mostra nascimento de estrelas em um nível de detalhes nunca visto. A paisagem onírica da nebulosa é esculpida pela ação de ventos estelares e da radiação ultravioleta abrasadora das estrelas gigantes que se encontram aqui. A nebulosa encontra-se a uma distância de 6 500 e 10 000 anos-luz da Terra.Créditos: NASA. 
Composta de gás e poeira esse pilar se encontra no berçário estelar a nebulosa de Carina (NGC 3372), situada 7.500 anos-luz de distância na constelação austral de Carina. A escaldante radiação e os fluxos de partículas ionizadas das estrelas próximas esculpiram a coluna e causam a formação de novas estrelas dentro dele. Flâmulas de gás e poeira podem ser visto fluindo do topo da estrutura. Créditos: NASA. 

Assemelhando-se com flashes e fumaça de uma queima de fogos de artifício, estes delicados filamentos na imagem ao lado são, na verdade, finas camadas do que sobra de um remanescente de supernova (DEM L 190) na Grande Nuvem de Magalhães  – uma pequena galáxia  satélite da Via Láctea, visível no hemisfério Sul.  Créditos: NASA.  

Localização:

Eta Carinae e a NGC 3372 "Nebulosa do Homúnculo". Eta Carinae, (na constelação da Quilha, ou "Carina", em latim), está a 7500 anos-luz da Terra. Uma estrela visível no Hemisfério Sul, mas não no Hemisfério Norte. Quando foi pela primeira vez catalogada em 1677 por Edmond Halley, era uma estrela de magnitude 4, mas em 1843, após uma erupção que ejetou uma nuvem de poeira 500 vezes maior que o sistema solar6 , ficou mais brilhante, atingindo o brilho de Sirius, apesar de sua enorme distância. Depois disso (entre 1900 e 1940), a magnitude era apenas de 5. Em 2002, tinha magnitude 8, tendo de repentinamente ter dobrado o seu brilho entre 1998 e 1999. Créditos: NASA.  
Eta Carinae e a NGC 3372.
Localização:


A Nebulosa do Caranguejo (também catalogado como Messier 1, NGC 1952, Taurus A) é remanescente da explosão de uma supernova e uma nebulosa de ventos do pulsar na constelação do Touro. A nebulosa foi primeiramente observada por John Bevis em 1731 e corresponde a uma brilhante supernova (SN 1054) registrada por astrônomos chineses e árabes em 1054. No centro da nebulosa há o Pulsar do Caranguejo, uma estrela de nêutrons com 28 a 30 quilômetros de diâmetro,4 que emite pulsos periódicos de radiação que abrange quase todo o espectro eletromagnético. Em 2003, a espessura da atmosfera de Titã, satélite de Saturno, foi medida através do bloqueio de raios-X provenientes da nebulosa pela atmosfera do satélite.  Créditos: NASA.  
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Fontes: