Especialista
em direitos humanos atrela política belicista das autoridades à agonia social
em comunidades do Rio de Janeiro
por : Marsílea Gombata
Em
um território no qual 41 civis são assassinados a cada policial que perde a
vida, a polícia amedronta em vez de proteger e as ouvidorias são nomeadas pelo
secretário de Segurança, a insegurança e a sensação de guerra iminente imperam.
Os territórios são invadidos e ocupados, e as vozes, caladas. Com o intuito de
ouvir moradores de comunidades silenciadas pelas operações de invasão e
ocupação, o livro Vivendo no Fogo Cruzado – Moradores de Favela, Traficantes de
Droga e Violência Policial no Rio de Janeiro, lançado nesta quarta-feira 28
pela Editora Unesp, contesta o discurso belicista do governo do Rio de Janeiro
e sua política de confronto com os traficantes, encampada pela PM fluminense.