A história do Telescópio espacial Hubble pode ser rastreada
até 1923, quando Hermann Oberth (considerado junto com Robert Goddard e
Konstantin Tsiolkovsky os pais do sfoguetes modernos) publicou Die Rakete zuden Planetenräumen (O Foguete no Espaço Planetário), onde mencionou como um
telescópio poderia ser lançado em órbita da Terra por um foguete.
O Telescópio espacial Hubble (em inglês Hubble Space
Telescope - HST) é um satélite astronômico artificial que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado
pela agência espacial estadunidense -
NASA - em 24 de abril de 1990, a bordo
do ônibus espacial Discovery (missão
STS-31).
Comparação das imagens antes e depois da correção da falha do
espelho
Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA
para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou
inoperantes, a mais famosa foi que
aconteceu para o ajuste de seus espelhos, pois, poucas semanas após o
lançamento do telescópio, pelas imagens que voltavam, ficou evidente que havia
um sério problema com o sistema óptico, embora as imagens parecessem de início
ser mais nítidas do que as imagens obtidas em Terra.
NGC 1097 que possui um buraco negro em seu centro 100 milhões de vezes mais massivo que o sol.
O Hubble tem ajudado a resolver alguns antigos problemas da
astronomia, bem como revelado novos resultados que exigiram novas teorias para
explicá-los. Entre suas principais conquistas está a medição das distâncias das
cefeidas com precisão inédita e, com isso, limitando o valor da constante de
Hubble - a medida da taxa na qual o universo está em expansão, que está
relacionada com a sua idade.
Os espectros e imagens de alta resolução fornecidos pelo
Hubble têm sido particularmente úteis para estabelecer a prevalência de buracos
negros no núcleo de galáxias próximas. Embora tivesse sido suposto na década de
1960 que os buracos negros seriam encontrados nos centros de algumas galáxias,
coube ao Hubble contribuir para mostrar que os buracos negros são,
provavelmente, comuns nos centros galáticos e que as suas massas e as propriedades destas galáxias estão intimamente
relacionadas.
A colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter em 1994 foi
um presente para os astrônomos, acontecendo apenas alguns meses após uma missão
de manutenção restaurar o desempenho óptico do Hubble. As imagens que o Hubble
conseguiu do planeta foram mais nítidas do que quaisquer outras tomadas desde a
passagem da Voyager 2 em 1979, e foram
cruciais para o estudo da dinâmica da colisão de um cometa com Júpiter, um
evento raro.
Discos protoplanetários na nebulosa M42 (Nebulosa de Órion).
Outras grandes descobertas feitas usando dados do Hubble
incluem discos proto-planetários na nebulosa de Orion; evidências da presença
de planetas extra-solares em torno de estrelas como o Sol e as contrapartidas ópticas das ainda
misteriosas explosões de raios gama. O Hubble também tem sido usado para
estudar os objetos nos confins do Sistema Solar, incluindo planetas anões
Plutão e Eris.
Provável aparência do planeta anão Éris.
Várias iniciativas têm contribuído para manter o público
informado sobre as atividades do Hubble. O Hubble Heritage Project foi criado
para produzir imagens de alta qualidade para consumo público dos objetos mais
interessantes e marcantes observados. A equipe do projeto é constituída por
astrônomos amadores e profissionais, bem como de pessoas com experiência além
da astronomia, e enfatiza o caráter estético das imagens do Hubble.
À seguir disponho de algumas das mais fascinantes imagens
produzidas por este fantástico equipamento:
A
maravilhosa Galáxia do "sombrero", ou
NGC 4594. Essa
brilhante galáxia é conhecida como sombrero devido a sua aparência
característica que se assemelha a um chapéu, foi descoberta em 1912, por Vesto
Slipher no observatório Lowell. Créditos: NASA.
Nebulosa
Olho de Gato, ou, NGC 6543. É uma nebulosa planetária na constelação do Dragão.
Estruturalmente é uma das nebulosas mais complexas conhecidas. Créditos: The Atlantic.
A NGC
1999 é uma nebulosa difusa e de reflexão, situada na constelação de Orion a
1500 anos-luz de distancia do Sistema Solar. Na foto, uma estrela brilha atrás
da nuvem de poeira cósmica. Crédito:
The Atlantic.
A
nebulosa Cabeça de Cavalo (ou Barnard 33) é uma nebulosa escura na constelação
de Orion. A nebulosa está localizada logo abaixo de Zeta Orionis, estrela que
faz parte do cinturão de Órion. Está a aproximadamente 1500 anos-luz da Terra.
Aqui ela está em infravermelho,O brilho vermelho se origina do
hidrogênio, gás que predomina por trás da nebulosa, ionizado pela próxima
estrela brilhante Sigma Orionis. Crédito de imagem: NASA, ESA , e The Hubble
Heritage Team ( STScI / AURA )
V838
Monocerotis é uma estrela hipergigante vermelha, localizada na constelação de
Monoceros, com uma magnitude aparente de +15,74. É indicada como uma das
estrelas mais estranhas e brilhantes da Via-Láctea. É uma estrela variável, a uma distância de aproximadamente 20 000
anos-luz do Sol (6 kpc). A estrela provou um grande erupção em 2002 (abaixo).
Originalmente, era um típica super nova, por causa das erupções, está completamente
diferente. Créditos: NASA.
Ecos de luz da esplosão que ocorreu na V838 Monocerotis, Créditos: NASA.
Explosão da v838
Nebulosa
de Hélix, NGC 7293 é uma nebulosa planetária localizada na constelação de
Aquarius. Descoberta por Karl Ludwig Harding, provavelmente antes de 1824, essa
nebulosa é uma das nebulosas mais próximas da Terra. Sua distância da Terra é
de aproximadamente 700 anos-luz. A nebulosa de Hélix já foi chamada várias
vezes de Olho de Deus. Créditos: Martin Pugh.
NGC
6302 (também chamada de Nebulosa Borboleta) é uma nebulosa planetária bipolar
na constelação do Escorpião. A estrutura da nebulosa é uma das mais complexas
já observadas em Nebulosas planetárias. O espectro de NGC 6302 mostra que sua
estrela central é um dos mais quentes objetos da galáxia, com uma temperatura
de superfície superior a 200 mil Kelvins, o que implica que a estrela da qual
se formou deve ter sido muito grande. Créditos: NASA. Localização:
Incrível e belíssima estrutura da nebulosa planetário M2-9, ou Nebulosa "Mariposa", que está localizada na constelaçãodeOfiuco e distante 2.100anos
luzdaTerra. A “Mariposa” revela as
etapas finais de uma estrela binaria que estão situadas no centro da nebulosa, as
componentes são uma estrela gigante e una anã branca quente com um período
orbital de 120 anos em torno da estrela maior. Créditos: NASA.
A
galáxia NGC 4826 é também conhecida como Galáxia do “Olho Negro” devido a sua
extraordinária aparência escura com numerosos pontos brilhantes. A
característica mais estranha e peculiar observada nesta galáxia diz respeito
aos seus movimentos internos, enquanto os braços externos movem-se em uma
direção, a parte interna move-se para outra direção, este fato é de difícil
explicação, mas os cientistas acreditam na hipótese de que a galáxia NGC 4826
seja o resultado da colisão entre duas galáxias, uma grande e uma pequena. Créditos: NASA.
Localização:
A
imagem enorme da Nebulosa de Eta Carinae (NGC 3372), uma das mais dinâmicas e
complexas lugares que conhecemos na Via Láctea. A visão que o Hubble fornece da
nebulosa mostra nascimento de estrelas em um nível de detalhes nunca visto.
A paisagem onírica da nebulosa é esculpida pela ação de ventos estelares e da
radiação ultravioleta abrasadora das estrelas gigantes que se encontram aqui. A nebulosa encontra-se a uma distância
de 6 500 e 10 000anos-luzdaTerra.Créditos: NASA.
Composta
de gás e poeira esse pilar se encontra no berçário estelar a nebulosa de Carina
(NGC 3372), situada
7.500 anos-luz de distância na constelação austral de Carina. A escaldante
radiação e os fluxos de partículas ionizadas das estrelas próximas esculpiram a
coluna e causam a formação de novas estrelas dentro dele. Flâmulas de gás e
poeira podem ser visto fluindo do topo da estrutura. Créditos: NASA.
Assemelhando-se com flashes e fumaça de uma queima de fogos de artifício, estes delicados filamentos na
imagem ao lado são, na verdade, finas camadas do que sobra de um remanescente
de supernova (DEM L 190) na Grande Nuvem de Magalhães – uma pequena galáxia satélite da Via Láctea, visível no hemisfério
Sul. Créditos: NASA. Localização:
Eta
Carinae e a NGC 3372 "Nebulosa do Homúnculo". Eta Carinae, (na
constelação da Quilha, ou "Carina", em latim), está a 7500 anos-luz
da Terra. Uma estrela visível no Hemisfério Sul, mas não no Hemisfério Norte.
Quando foi pela primeira vez catalogada em 1677 por Edmond Halley, era uma
estrela de magnitude 4, mas em 1843, após uma erupção que ejetou uma nuvem de
poeira 500 vezes maior que o sistema solar6 , ficou mais brilhante, atingindo o
brilho de Sirius, apesar de sua enorme distância. Depois disso (entre 1900 e
1940), a magnitude era apenas de 5. Em 2002, tinha magnitude 8, tendo de
repentinamente ter dobrado o seu brilho entre 1998 e 1999. Créditos: NASA.
Eta Carinae e a NGC 3372.
Localização:
A
Nebulosa do Caranguejo (também catalogado como Messier 1, NGC 1952, Taurus A) é
remanescente da explosão de uma supernova e uma nebulosa de ventos do pulsar na
constelação do Touro. A nebulosa foi primeiramente observada por John Bevis em
1731 e corresponde a uma brilhante supernova (SN 1054) registrada por
astrônomos chineses e árabes em 1054. No centro da nebulosa há o Pulsar do
Caranguejo, uma estrela de nêutrons com 28 a 30 quilômetros de diâmetro,4 que
emite pulsos periódicos de radiação que abrange quase todo o espectro
eletromagnético. Em 2003, a espessura da atmosfera de Titã, satélite de
Saturno, foi medida através do bloqueio de raios-X provenientes da nebulosa
pela atmosfera do satélite. Créditos: NASA.