sábado, 21 de junho de 2014

Bebidas alcoolicas famosas da América Latina


Por: Elenilton da Cunha Galvão







Tomado pelo espiríto da Copa do Mundo, que como li recentemente de um colunista, nem é mais a Copa do Brasil, mas a Copa da América Latina, humildemente resolvi fazer essa blogagem sobre um assunto que gosto muito, álcool, rs, oras! Seria tolice imaginarmos que nesse grande e diverso continente com mais de 21 milhões de quilômetros quadrados e que engloba 21 países só nossa caipirinha fosse famosa...   Me acompanhem nessa viagem:



Canelazo (Equador):


Bebida típica da região andina, é consumida especialmente no Equador, é feito com aguardente (ou licor caseiro), açúcar ou rapadura e chá de canela, por ser uma bebida quente e forte ela é utilizada pelos povos que precisam suportar o frio dos lugares de grande altitude.



Pisco Sour (Peru):


Patrimônio peruano, ainda que o Chile dispute direitos sobre a bebida, esse coquetel de Pisco (um aguardente de uva produzido na região do Chile e do Perú), suco de limão, xarope de açúcar, Angostura (bebida alcoólica de ervas) e clara de ovo, ela está para o Perú como a caipirinha está para o Brasil.



Tequila (México):


Quem nunca tomou um porre de tequila nunca viveu, rs, esse patrimônio mexicano e da humanidade extraída da Agave azul (uma planta semelhante a um abacaxi gigante) que nasce em solos vulcânicos e áridos, foi criada na cidade de Tequila na província de Jalisco, no México e se espalhou para o mundo logo em seguida, seu "shot" com limão e sal é famosíssimo e sua invenção é atribuída ao surto de gripe espanhola de 1919  quando médicos mexicanos o receitavam por suas supostas "propriedades terapêuticas", desde então ela é consumida dessa forma ao redor do mundo.



Mezcal (México):


O Mezcal é outro destilado mexicano de grande apreciação mundo afora, é tida como um "subproduto" da fabricação da Tequila mas não bem assim, pois ele nem sempre é produzido com a Agave azul como a Tequila, distingue-se por ser mais rústico e forte que sua irmã famosa. É típica de Oaaxa, um Estado mexicano, e é muito usada em Margaritas, curiosamente uma larva de Gusano (uma espécie de borboleta que se desenvolve na Agave) é colocada na garrafa pois aquela bebida que tiver o teor alcoólico correto conservará intacta a mesma, a que não possuir sujeitará o pobre inseto a dissolver-se na garrafa, porém se tudo estiver nos conformes, a ultima dose da bebida será acompanhada da larva para o sortudo (ou sortuda) que tem que ingeri-la, rs.



Caipirinha (Brasil):


Cachaça, açúcar, limão Taiti e gelo, o que da para fazer? Claro! Ela... A nossa querida caipirinha, gostosa, forte, gelada e que dispensa apresentações,  essa bebida paulista virou símbolo do Brasil no exterior desde sua criação em 1919 na cidade de Piracicaba.



Mojito (Cuba):


Ernest Hemingway contava que o pirata Francis Drake, apaixonado pelo aroma da hortelã caribenha misturava-a no Rum branco para ser melhor apreciada, misturou também o limão e o açúcar para combater o escorbuto, a deficiência de vitamina C que abatia os primeiros navegadores, hoje em dia, nos bares de Cuba ela é feita com xarope de açúcar no lugar do granulado, gelo, e refrigerante de limão misturados aos primeiros ingredientes.



Daiquiri (Cuba):


Um dos mais famosos coquetéis cubanos, o Daiquiri, que levou o nome de uma praia de Santiago, em Cuba, foi criado pelo coqueteleiro Constantino Ribalaigua no restaurante La Floridita, e desde então é um dos drinks mais apreciados da ilha, originalmente é feito com Rum branco, açúcar, limão, Marasquino (um licor de cereja) e muito gelo, tudo bem batido até ficar como um frapê, desde então há várias variações da bebida mundo afora.



Cuba Libre (Cuba)


O primeiro coquetel que experimentei na minha vida (de tantos), de receita super simples e de simples confecção, sua receita vai Rum, refrigerante de Cola, limão e gelo misturados em um copo, sua origem remonta à guerra de libertação cubana, que teve participação dos Estados Unidos que enviaram para a ilha o Capitão Russeal um apreciador da Coca-Cola e que na ilha misturou-a com o Rum criando a bebida, há controvérsias quanto a essa história, mas a bebida seguiu quase intocada com o tempo.



Mamajuana (República Dominicana)


A Mamajuana foi inventada na década de 50 por Jesuz Rodrigues, co-autor do merengue Mama Juana, inicialmente como bebida Medicinal, tanto que o ex presidente dominicano Rafael Trujillo criminalizou sua venda se não fosse por fatores estritamente de saúde quando a bebida ficou famosa. Mamajuana é o nome do garrafão utilizado para colocar a bebida que é feita à base de Rum dominicano escuro, vinho tinto, mel e diversas ervas e plantas comumente encontradas na ilha como a casca da árvore caribenha Anamú, o Caro que é uma erva, o Brasil que é outra erva, a Marabeli, a folha da Agave, Cravo-da-índia, Camomila e Bohuco (uma espécie de trepadeira) a receita pode sofrer variações mas a bebida é muito comum com lendas à respeito das  propriedades afrodisíacas associadas a ela.



Pulque (México):


De acordo com um relato lendário e pré-colombiano, foi durante o reinado do Tolteca Tecpancaltzin que um nobre da sua corte chamado Papantzin teria descoberto o segredo da extração do Pulque  da Agave, isso 200 depois de Cristo, desde então essa bebida é típica na região e hoje é vendida em latas como uma espécie de cerveja, ainda que sua fermentação se dê pela frutose e não pelo amido como na bebida original.



Chicha (Região andina em geral)


Outra bebida de raiz indígena, com fermentação feita em amplas vezes através da semente de milho, contudo, muitas vezes utiliza-se outros cereis no lugar, o nome Chicha ainda que incerto leva a crer que significa "milho".



Cachaça (Brasil)


Dispensa apresentações, a  cachaça, destilado feito do caldo de cana é mundialmente famosa, sendo usada em coquetéis ou consumida pura.



Rum (Caribe):


Desde o começo do cultivo da cana-de-açúcar no séc. XVI, alguém descobriu-se que destilando o  produto da destilação do melaço conseguia-se uma bebida encorpada e leve denominada de Rum, desde então a bebida se espalhou pelo mundo e é referência nos destilados caribenhos.



Masato (Colômbia):


O Masato é preparado com a fermentação de um grão qualquer (milho, arroz e etc.) em um recipiente com água e açúcar por aproximadamente oito dias até formar-se espuma no recipiente e logo depois é servido, há variação da receita em outros países como Peru e Venezuela, mas nada que modifique consistentemente a bebida, que é de origem indígena.



Aguardente (América Latina)




Aguardente é uma bebida de alto teor alcoólico, há vários espalhados na América Latina, desde os destilados de cana, Agave, uva e etc. Em cada país encontra-se vários.