Por: Paula Sacchetta
Na primeira
penitenciária privada desde a licitação, o Estado garante 90% de lotação mínima
e seleciona os presos para facilitar o sucesso do projeto. Veja o Minidoc e a
reportagem
Em janeiro do ano passado (2013),
assistimos ao anúncio da inauguração da “primeira penitenciária privada do
país”, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas
Gerais. Porém, prisões “terceirizadas” já existem em pelo menos outras 22
localidades, a diferença é que esta de Ribeirão das Neves é uma PPP (parceria
público-privada) desde sua licitação e projeto, e as outras eram unidades
públicas que em algum momento passaram para as mãos de uma administração
privada. Na prática, o modelo de Ribeirão das Neves cria penitenciárias
privadas de fato, nos outros casos, a gestão ou determinados serviços são
terceirizados, como a saúde dos presos e a alimentação.
Hoje existem no mundo aproximadamente
200 presídios privados, sendo metade deles nos Estados Unidos. O modelo começou
a ser implantado naquele país ainda nos anos 1980, no governo Ronald Reagan,
seguindo a lógica de aumentar o encarceramento e reduzir os custos, e hoje
atende a 7% da população carcerária. O modelo também é bastante difundido na
Inglaterra – lá implantado por Margareth Thatcher – e foi fonte de inspiração
da PPP de Minas, segundo o governador do estado Antônio Anastasia. Em Ribeirão das Neves o contrato da PPP foi
assinado em 2009, na gestão do então governador Aécio Neves.
O slogan do complexo penitenciário de
Ribeirão das Neves é “menor custo e maior eficiência”, mas especialistas
questionam sobretudo o que é tido como “eficiência”. Para Robson Sávio,
coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC-Minas e membro do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa eficiência pode caracterizar um
aumento das prisões ou uma ressocialização de fato do preso. E ele acredita que
a privatização tende para o primeiro caso. Entre as vantagens anunciadas está,
também, a melhoria na qualidade de atendimento ao preso e na infra-estrutura
dos presídios.
Bruno Shimizu e Patrick Lemos Cacicedo,
coordenadores do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São
Paulo questionam a legalidade do modelo. Para Bruno “do ponto de vista da
Constituição Federal, a privatização das penitenciárias é um excrescência”,
totalmente inconstitucional, afirma, já que o poder punitivo do Estado não é
delegável. “Acontece que o que tem impulsionado isso é um argumento político e
muito bem construído. Primeiro se sucateou o sistema penitenciário durante
muito tempo, como foi feito durante todo um período de privatizações, (…) para
que então se atingisse uma argumentação que justificasse que esses serviços
fossem entregues à iniciativa privada”, completa.
Laurindo Minhoto, professor de
sociologia na USP e autor de Privatização de presídios e criminalidade, afirma
que o Estado está delegando sua função mais primitiva, seu poder punitivo e o
monopólio da violência. O Estado, sucateado e sobretudo saturado, assume sua
ineficiência e transfere sua função mais básica para empresas que podem
realizar o serviço de forma mais “prática”. E essa forma se dá através da
obtenção de lucro.
Patrick afirma que o maior perigo desse
modelo é o encarceramento em massa. Em um país como o Brasil, com mais de 550
mil presos, quarto lugar no ranking dos países com maior população carcerária
do mundo e que em 20 anos (1992-2012) aumentou essa população em 380%, segundo
dados do DEPEN, só tende a encarcerar mais e mais. Nos Estados Unidos, explica,
o que ocorreu com a privatização desse setor foi um lobby fortíssimo pelo
endurecimento das penas e uma repressão policial ainda mais ostensiva. Ou seja,
começou a se prender mais e o tempo de permanência na prisão só aumentou. Hoje,
as penitenciárias privadas nos EUA são um negócio bilionário que apenas no ano
de 2005 movimentou quase 37 bilhões de dólares.
Como
os presídios privados lucram
Nos documentos da PPP de Neves
disponíveis no site do governo de Minas Gerais,
fala-se inclusive no “retorno ao investidor”, afinal, são empresas que
passaram a cuidar do preso e empresas buscam o lucro. Mas como se dá esse
retorno? Como se dá esse lucro?
Um preso “custa” aproximadamente R$
1.300,00 por mês, podendo variar até R$ 1.700,00, conforme o estado, numa
penitenciária pública. Na PPP de Neves, o consórcio de empresas recebe do
governo estadual R$ 2.700,00 reais por preso por mês e tem a concessão do
presídio por 27 anos, prorrogáveis por 35. Hamilton Mitre, diretor de operações
do Gestores Prisionais Associados (GPA), o consórcio de empresas que ganhou a
licitação, explica que o pagamento do investimento inicial na construção do
presídio se dá gradualmente, dissolvido ao longo dos anos no repasse do estado.
E o lucro também. Mitre insiste que com o investimento de R$ 280 milhões –
total gasto até agora – na construção do complexo esse “payback”, ou retorno
financeiro, só vem depois de alguns anos de funcionamento ou “pleno vôo”, como
gosta de dizer.
Especialistas, porém, afirmam que o
lucro se dá sobretudo no corte de gastos nas unidades. José de Jesus Filho,
assessor jurídico da Pastoral Carcerária, explica: “entraram as empresas
ligadas às privatizações das estradas, porque elas são capazes de reduzir
custos onde o Estado não reduzia. Então ela [a empresa] ganha por aí e ganha
muito mais, pois além de reduzir custos, percebeu, no sistema prisional, uma
possibilidade de transformar o preso em fonte de lucro”.
Para Shimizu, em um país como o Brasil,
“que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo”, não faz sentido
cortar os gastos da população que é “justamente a mais vulnerável e a que menos
goza de serviços públicos”. No complexo de Neves, os presos têm 3 minutos para
tomar banho e os que trabalham, 3 minutos e meio. Detentos denunciaram que a
água de dentro das celas chega a ser cortada durante algumas horas do dia.
O cúmulo da privatização
Outra crítica comum entre os
entrevistados foi o fato de o próprio GPA oferecer assistência jurídica aos
detentos. No marketing do complexo, essa é uma das bandeiras: “assistência
médica, odontológica e jurídica”. Para Patrick, a função é constitucionalmente
reservada à Defensoria, que presta assistência gratuita a pessoas que não podem
pagar um advogado de confiança. “Diante de uma situação de tortura ou de
violação de direitos, essa pessoa vai buscar um advogado contratado pela
empresa A para demandar contra a empresa A. Evidentemente isso tudo está
arquitetado de uma forma muito perversa”, alerta.
Segundo ele, interessa ao consórcio que,
além de haver cada dia mais presos, os que já estão lá sejam mantidos por mais
tempo. Um das cláusula do contrato da PPP de Neves estabelece como uma das
“obrigações do poder público” a garantia “de demanda mínima de 90% da
capacidade do complexo penal, durante o contrato”. Ou seja, durante os 27 anos
do contrato pelo menos 90% das 3336 vagas devem estar sempre ocupadas. A lógica
é a seguinte: se o país mudar muito em três décadas, parar de encarcerar e
tiver cada dia menos presos, pessoas terão de ser presas para cumprir a cota
estabelecida entre o Estado e seu parceiro privado. “Dentro de uma lógica da
cidadania, você devia pensar sempre na possibilidade de se ter menos presos e o
que acontece ali é exatamente o contrário”, afirma Robson Sávio.
Para ele, “na verdade não se está
preocupado com o que vai acontecer depois, se está preocupado com a manutenção
do sistema funcionando, e para ele funcionar tem que ter 90% de lotação, porque
se não ele não dá lucro”.
Para
garantir a lei, a ordem e a imagem
Na foto, o complexo de Neves é realmente
diferente das penitenciárias públicas. É limpo, organizado e altamente
automatizado, repleto de câmeras, portões que são abertos por torres de
controle, etc, etc, etc. Mas que tipo de preso vai pra lá? Hamilton Mitre,
diretor do GPA afirma que “não dá pra falar que o Estado coloca os presos ali
de forma a privilegiar o projeto”.
No entanto, Murilo Andrade de Oliveira,
subsecretário de Administração Penitenciária do Estado de Minas, diz exatamente
o contrário: “nós estabelecemos inicialmente o critério de que [pode ir para a
PPP] qualquer preso, podemos dizer assim, do regime fechado, salvo preso de
facção criminosa – que a gente não encaminha pra cá – e preso que tem crimes
contra os costumes, estupradores. No nosso entendimento esse preso iria
atrapalhar o projeto”.
Sala de controle do presídio privado: aqui não entra quem for do PCC. Foto: Peu Robles |
Na visão dos outros entrevistados, a
manipulação do perfil do preso pode ser uma maneira de camuflar os resultados
da privatização dos presídios. “É muito fácil fazer desses presídios uma janela
de visibilidade: ‘olha só como o presídio privado funciona’, claro que
funciona, há todo um corte e uma seleção anterior”, diz Bruno Shimizu.
Robson Sávio explica que presos
considerados de “maior periculosidade”, “pior comportamento” ou que não querem
trabalhar ou estudar são mais difíceis de ressocializar, ou seja, exigiriam
investimentos maiores nesse sentido. Na lógica do lucro, portanto, eles iriam
mesmo atrapalhar o projeto.
Se há rebeliões, fugas ou qualquer
manifestação do tipo, o consórcio é multado e perde parte do repassa de verba.
Por isso principalmente o interesse em presos de “bom comportamento”. O
subsecretário Murilo afirma ainda que os que não quiserem trabalhar nem estudar
podem ser “devolvidos” às penitenciárias públicas: “o ideal seria ter 100% de
presos trabalhando, esse é nosso entendimento. Agora, tem presos que realmente
não querem estudar, não querem trabalhar, e se for o caso, posteriormente, a
gente possa tirá-los (sic), colocar outros que queiram trabalhar e estudar
porque a intenção nossa é ter essas 3336 vagas aqui preenchidas com pessoas que
trabalhem e estudem”.
Hoje, na PPP de Ribeirão das Neves ainda
não são todos os presos que trabalham e estudam e os que têm essa condição se
sentem privilegiados em relação aos outros. A reportagem só pôde entrevistar
presos no trabalho ou durante as aulas, não foi permitido falar com outros
presos, escolhidos aleatoriamente. Foram mostradas todas as instalações da
unidade 2 do complexo, tais como enfermaria, oficinas de trabalho, biblioteca e
salas de aula, mas não pudemos conversar com presos que não trabalham nem
estudam e muito menos andar pelos pavilhões, chamados, no eufemismo do luxo de
Neves, de “vivências”.
O
trabalho do preso: 54% mais barato
O Estado e o consórcio buscam empresas
que se interessem com o trabalho do preso. As empresas do próprio consórcio não
podem contratar o trabalho deles a não ser para cuidar das próprias instalações
da unidade, como elétrica e limpeza. Então o lucro do consórcio não vem
diretamente do trabalho dos presos, mas sim do repasse mensal do estado.
Mas a que empresa não interessaria o
trabalho de um preso? As condições de trabalho não são regidas pela CLT, mas
sim pela Lei de Execução Penal (LEP), de 1984. Se a Constituição Federal de
1988 diz que nenhum trabalhador pode ganhar menos de um salário mínimo, a LEP
afirma que os presos podem ganhar ¾ de um salário mínimo, sem benefícios. Um
preso sai até 54% mais barato do que um trabalhador não preso assalariado e com
registro em carteira.
O professor Laurindo Minhoto explica: “o
lucro que as empresas auferem com esta onda de privatização não vem tanto do
trabalho prisional, ou seja, da exploração da mão de obra cativa, mas vem do
fato de que os presos se tornaram uma espécie de consumidores cativos dos
produtos vendidos pela indústria da segurança e da infra-estrutura necessária à
construção de complexos penitenciários”.
Helbert Pitorra, coordenador de
atendimento do GPA, na prática, quem coordena o trabalho dos presos, orgulha-se
que o complexo está virando um “pólo de EPIs” (equipamentos de proteção
individual), ou seja, um pólo na fabricação de equipamentos de segurança. “Eles
fabricam dentro da unidade prisional sirenes, alarmes, vários circuitos de
segurança, (…) calçados de segurança como coturnos e botas de proteção (…),
além de uniformes e artigos militares”.
O que é produzido ali dentro, em preços
certamente mais competitivos no mercado alimenta a própria infra-estrutura da
unidade. A capa dos coletes à prova de balas que os funcionários do GPA usam é
fabricada ali dentro mesmo, a módicos preços, realizados por um preso que custa
menos da metade de um trabalhador comum a seu empregador.
Em abril deste ano, o Governo de Minas
Gerais foi condenado por terceirização ilícita no presídio de Neves. A Justiça
do Trabalho confirmou a ação civil pública do Ministério Público do Trabalho e
anulou várias das contratações feitas pelo GPA.
“Entre os postos de trabalho
terceirizados estão atividades relacionadas com custódia, guarda, assistência
material, jurídica e à saúde, uma afronta à Lei 11.078/04 que classifica como
indelegável o poder de polícia e também a outros dispositivos legais. Além de
ser uma medida extremamente onerosa para os cofres públicos, poderá dar azo a
abusos sem precedentes”, disse o procurador que atuou no caso, Geraldo Emediato
de Souza, ao portal mineiro Hoje em dia.
Panorama
final
Como na maioria das penitenciárias, as
visitas do Complexo passam por revista vexatória. A., mulher de um detento que
preferiu não se identificar, entregou à reportagem uma carta dos presos e
explicou como é feita a revista: “temos que tirar a roupa toda e fazer posição
ginecológica, agachamos três vezes ou mais, de frente e de costas, temos que
tapar a respiração e fazer força. Depois ainda sentamos num banco que detecta
metais”. Na mesma carta entregue por A., os presos afirmam que os diretores do
presídio já têm seus “beneficiados”, que sempre falam “bem da unidade” à
imprensa, e são, invariavelmente, os que trabalham ou estudam.
Na carta, eles ainda afirmam que na
unidade já há presos com penas vencidas que não foram soltos ainda. Fontes que
também não quiseram se identificar insistem que o consórcio da PPP já “manda”
na vara de execuções penais de Ribeirão das Neves.
José de Jesus filho, da Pastoral
Carcerária, não vê explicação para a privatização de presídios que não a
“corrupção”.Tem seus motivos. Em maio de 2013, a Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) foram
alvo de ações por corrupção e má utilização de recursos públicos. Na ação da
CPTM foi citado o ex-diretor, Telmo Giolito Porto, hoje à frente do consórcio
da PPP de Ribeirão das Neves, assim como a empresa Tejofran de Saneamento e
Serviços Gerais LTDA., que faz parte do mesmo consórcio.
Nesse sentido, Robson Sávio alerta:
“será que o estado quando usa de tanta propaganda para falar de um modelo
privado ele não se coloca na condição de sócio-interesseiro nos resultados e,
portanto, se ele é sócio-interesseiro ele também pode maquiar dados e esconder
resultados, já que tudo é dado e planilha? Esse sistema ainda tem muita coisa
que precisa ser mais transparente e melhor explicada”.
Pelo
Brasil
O modelo mineiro de PPP já inspirou
projetos semelhantes no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal.
As licitações já aconteceram ou estão abertas e, em breve, as penitenciárias
começarão a ser construídas. O governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de
Administração Penitenciária também pretendem lançar em breve um edital para a
construção de um grande complexo no Estado, com capacidade para 10.500 presos.
O governador Geraldo Alckmin já fez consultas públicas e empresas já se
mostraram interessadas no projeto.
No Ceará, uma decisão judicial obrigou à
iniciativa privada devolver a gestão de penitenciárias para o Governo do
estado. No Paraná, o próprio Governo decidiu retomar a administração de uma
série de penitenciárias, após avaliar duas questões: a jurídica e a financeira.
No Brasil, país do “bandido bom é
bandido morto”, da “bancada da bala” e onde presos não têm direitos
simplesmente por estarem presos, a privatização também assusta do ponto de
vista da garantia dos direitos humanos dos presos. “Será que num sistema que a
sociedade nem quer saber e não está preocupada, como é o prisional, haverá
fiscalização e transparência suficiente? Ou será que agora estamos criando a
indústria do preso brasileiro?”, pergunta Sávio.
Os entrevistados dão um outro alerta:
nesse primeiro momento, vai se investir muito em marketing para que modelos
como o de Neves sejam replicados Brasil afora. Hamilton Mitre diz que a unidade
será usada como um “cartão de visitas” e fontes afirmam que o modelo de
privatização de presídios será plataforma de campanha de Aécio Neves, candidato
à presidência nas eleições do fim deste ano.
Para Minhoto, a partir do momento em que
você enraíza um interesse econômico e lucrativo na gestão do sistema
penitenciário, “o estado cai numa armadilha de muitas vezes ter que abrir mão
da melhor opção de política em troca da necessidade de garantir um retorno ao
investimento que a iniciativa privada fez na área”, diz. E Bruno Shimizu
completa “e isso pode fazer com que a gente crie um monstro do qual a gente
talvez não vá mais conseguir se livrar”.
“Para quem investe em determinado
produto, no caso o produto humano, o preso, será interessante ter cada vez mais
presos. Ou seja, segue-se a mesma lógica do encarceramento em massa. A mesma
lógica que gerou o caos, que justificou a privatização dos presídios”, arremata
Patrick.
Para
entender: dados e números
Brasil:
·
- Existem no Brasil aproximadamente 550
mil presos.
·
- São aproximadamente 340 mil vagas no
sistema prisional.
·
- O Brasil está em 4o lugar no ranking
dos países com maior população carcerária no mundo, atrás de EUA, China e
Rússia.
·
- Entre 1992 e 2012 o Brasil aumentou
sua população carcerária 380%.
·
- Empresas dividem a gestão de
penitenciárias com o poder público em pelo menos 22 presídios de sete estados:
Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins, Bahia, Alagoas e
Amazonas.
Minas
Gerais:
·
- Em 2003 o Estado de Minas tinha
aproximadamente 23 mil presos.
·
- Em 10 anos essa população mais do que
duplicou: hoje são 50 mil presos.
·
- Em 2003 eram 30 unidades prisionais no
Estado, hoje são mais de 100.
·
- Em 2011 o Estado de Minas já gastava
aproximadamente um bilhão de reais por ano com o sistema penitenciário.
O
complexo de Ribeirão das Neves:
·
- O consórcio Gestores Prisionais
Associados (GPA), que ganhou a licitação do complexo penitenciário de Ribeirão
das Neves é formado por cinco empresas, são elas:
1.
CCI
Construções S/A
2.
Construtora
Augusto Velloso S/A
3.
Empresa
Tejofran de Saneamento e Serviços LTDA
4.
N.
F. Motta Construções e Comércio
5.
Instituto
Nacional de Administração Penitenciária (INAP)
·
- Em 18 de janeiro de 2013 começaram a
ser transferidos os primeiros presos para o Complexo Penitenciário de Ribeirão
das Neves.
·
- A inauguração aconteceu no dia 28 de
janeiro de 2013, com uma ala já ocupada por 75 presos.
·
- Hoje (maio de 2014) estão funcionando
duas das cinco unidades do complexo, cada uma com 672 presos.
·
- A capacidade do complexo é de 3336
vagas.
·
- O consórcio de empresas tem 27 anos da
concessão do complexo, sendo dois para construção e 25 para operação.
·
- Já foram gastos 280 milhões de reais
na construção do complexo até agora. O GPA estima que no total serão gastos 380
milhões.
·
- O Estado repassa R$2.700 por preso
mensalmente; nas penitenciárias públicas o custo é de R$ 1.300,00 a R$ 1.700,00
por mês
·
- As celas têm capacidade máxima para
quatro presos.
·
- Detalhes sobre a PPP de Ribeirão das
Neves e documentos podem ser acessados neste site.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/05/quanto-mais-presos-maior-o-lucro/