ou o ódio alimentado com leite de pera.
Meu
amigo, o jornalista e professor universitário, Daniel Dantas Lemos, escreveu no
Facebook que notou que na notícia sobre o “Planeta descoberto similar a Terra”
havia “vários comentários que atacavam o PT, ele escreveu na sua TL: Esse negócio
de comentaristas metendo o PT em qualquer texto da grande imprensa me faz
pensar em táticas deliberadas e escusas – não em idiotice dos sujeitos”.
Concordo
com ele e escrevi na linha do tempo dele que tudo isto “não é obra do acaso ou
da burrice, é um trabalho paciente, científico, organizado e bem executado, sob
um comando centralizado que sabe o que quer. Digo-lhe mais, não tem nada a ver
com “teoria da conspiração”, venho estudando e escrevendo sobre este “fenômeno”
de comunicação, que no início muitos abraçaram como “revolução digital”,
cyberativismo etc. Infelizmente não tem nada disto, o que me chamou atenção foi
a primeiro a “revolta” do Egito, depois Turquia, Ucrânia, Brasil (junho/2013),
Venezuela, de novo Turquia e de novo Ucrânia. Agora mais uma vez Venezuela,
tudo muito parecido e igual a mesma forma de atuação e repetição. É só uma
coincidência?”.
A
tática usada por estes profissionais com uma especialidade clara são o que
denomino de “comentaristas de Portais de Internet”, não importa sobre qual é a
notícia, pode ser política, futebol, ciência, educação, os comentários são
padronizados, aqui no Brasil atacando o PT, o Governo Dilma ( antes o Lula).
Tudo se parece ser a mesma tática, ação é a mesma em todos os lugares acima
citados, querem dá aparência de desordem e caos, o que facilita a cooptação,
dando impressão de que tudo e todos não prestam, cultivando a baixa estima e
estimulando o ódio latente.
Em
vários artigos sobre a Ucrânia demonstrei como a tática do Caos funcionou e era
bem preparada pela CIA, recentemente o site DefesaNet, sobre Defesa e Guerras,
publicou um interessante artigo “SEGUNDA REVOLUÇÃO LARANJA”: UM PEQUENO PASSO
PARA UM GRANDE OBJETIVO NORTE-AMERICANO”, em demonstra como eles “conquistaram”
a Ucrânia “O principal objetivo dos esforços de Washington permanece inalterado
desde os tempos da presidência de Bill Clinton, afirma o jornalista
norte-americano Steve Weissman. Em seu trabalho o jornalista reuniu evidências
de que o golpe de Estado em Kiev foi preparado com a participação direta de
organismos norte-americanos como a Agência para o Desenvolvimento
Internacional, o Instituto para a Paz e toda uma rede de empresas privadas. O
que pode contrapor a Rússia a uma tal política de Washington?”
Ele
vai mais além diz que “A segunda “revolução laranja” e o golpe de Estado em
Kiev foram organizados por cidadãos dos EUA, afirma Weissman num artigo
publicado no site independente Reader Supported News. Contudo, o autor acredita
que o objetivo principal de Washington não é nem de perto a Ucrânia. Tudo o que
está acontecendo em terras desta última é apenas uma parte do plano dos EUA
dirigido contra a Rússia”.
O
jornalista identifica que as antigas fundações, como a Ford (Quantos
jornalistas brasileiros foram bolsistas deles, né?), que servia de biombo para
ações do Departamento de Estado se tornaram óbvias demais, agora são
substituídas por outras táticas, mas com as mesmas características.
Avança
o artigo mostrando que “A “infraestrutura não-militar do imperialismo norte-americano”,
como a chama Weissman, é a Fundação Nacional para a Democracia (National
Endowment for Democracy ou NED) com suas subdivisões (por exemplo, o Centro
para a Iniciativa Privada Internacional e o Centro Norte-Americano para a
Solidariedade Sindical Internacional). A lista inclui também a Agência para o
Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Instituto dos Estados Unidos para a
Paz. E para operações propriamente ditas e trabalho a nível local é usada uma
rede continuamente crescente de grupos de fachada e empresários privados. Nesta
mesma categoria estão também instituições privadas como as fundações de George
Soros e Pierre Omidyar. No caso deles, Weissman, segundo diz, não tem a certeza
“se este é realmente dinheiro privado ou fundos do governo camuflados como
privados”. Não haverá nos cálculos do jornalista norte-americano alguma teoria
de conspiração? Talvez o envolvimento dos EUA em processos como a Primavera
Árabe e o Inverno Ucraniano seja exagerado?”.
Corroborando
com esta visão no site Redecastophoto há uma série de artigos do jornalista
Pepe Escobar (“Ukraine and the grand chessboard”), que trata da guerra próxima
na Ucrânia, com uma revelação especial, o chefão da CIA, seu Diretor, John
Brennan, foi enviado diretamente por Obama para tentar “salvar” o governo
neofascista que assumiu o comando do país, mas que não tem conseguido combater
as crescentes rebeliões pró-Rússia no leste, além de não conseguir por em
prática o orçamento liberado pelos EUA e UE para o país mergulhado em crise.
Este é o RESULTADO prático da “revolução digital”?
Acredito
que é este o caminho que estão trilhando na Venezuela e no Brasil, nada muito
diferente do que já fizeram naqueles outros países, como combater? Cada dia
mais difícil, um setor de ativistas está encantado com a internet como se o
“poder” estivesse aqui, não perceberam que apenas são usados por esta tática
tão bem elaborada. O desejo por mais democracia, mais poder de decisão e
participação por mais justo que seja e, é, não pode nos cegar do que efetivamente
vem por trás, de quem está se preparando para assumir o controle do país.
Atentem
para quem hoje dirige o Egito (os 529 condenados à morte), ou na Ucrânia, mais
de 3000 mortos pelos fascistas, o ataque aos candidatos à presidente que não
são dos grupo dominante, os massacres aos que se opõem ao governo, tanto de um
país, quanto do outro. Tudo isto é um indicativo do que farão quando derrubarem
Maduro, ou derrotarem o Governo do PT, aqui no Brasil. A percepção que tenho é
que não teremos um ano fácil, que as coisas se definem com muita rapidez, mas
como se contrapor à maré do ódio?
Todos
os lugares comuns e os erros cometidos pelo governo são perfeitamente
explorados, repetidos à exaustão na mídia e nos comentários. Todos os temas são
levados ao limite, com a difusão misturando fatos reais com mentiras e
exageros. Sedimenta-se uma série de (pre) conceitos contra o governo e a
esquerda em geral, não são armadilhas simples de serem discutidas, explicadas e
os mitos desfeitos.
É
este o momento, não outro.
Via: Huns do Contra
Fonte:
http://arnobiorocha.com.br/2014/04/17/o-paciente-trabalho-para-plantar-o-odio-nas-redes-sociais/