Marte Terraformado: Vista de como seria o planeta vermelho se o mesmo ainda possuísse água.
As
trocas de calor (energia
térmica) entre
corpos são processos fisicamente conhecidos, e acontecem quando
dois ou mais corpos com temperaturas diferentes são colocados em
contato em um mesmo ambiente e, depois de certo tempo, alcançam
o equilíbrio térmico. Bem, a hipótese que é amplamente
aceita sobre a formação do sistema solar, é a de que ele se
originou à mais ou menos 4, 600 bilhões de anos com o
colapso gravitacional
de uma nuvem
molecular (nuvens
que devido à sua densidade podem formar moléculas e corpos
celestes), a hipótese é que a força
de atração gravitacional gerada pelo aumento da massa na região
central que correspondia à mais ou menos 99% da massa dessa
nuvem, teria provocado um aumento da velocidade de rotação. O
calor gerado no interior dessa nebulosa foi tal, que desencadeou
reações químicas e físicas que a fizeram brilhar (proto
sol), enquanto que o resto achatou, devido à força
gravitacional, tornando-se um disco
protoplanetário,
que mais tarde viria a formar os planetas, luas, asteroides e
outros corpos
menores do
sistema solar. Em seguida, deu-se o o arrefecimento
(resfriamento) do disco protoplanetário originando a condensação
dos materiais da nébula em GRÃOS sólidos. Em cada uma das
zonas do disco a força da gravidade provocou a aglutinação
de poeiras devido aos choques que a rotação em torno do proto
sol provocava, formando pequenos corpos com diâmetro
de cerca de 100 metros. Os maiores desses corpos atraíram os
menores, com o aumento das colisões e o aumento progressivo das
dimensões desses corpos (acreção) conduziu à formação de
corpos de maiores dimensões, os protoplanetas e
posteriormente, aos planetas.
Com
os choques dos fragmentos na formação dos planetas deu-se a geração
de calor no interior desses corpos, pois como sabemos, atrito produz
calor, há aqui a transformação da energia Cinética (ou de
movimento) em energia Térmica. Com a posterior formação dos
planetas com esse interior aquecido, os processos geológicos
originários desse fato (tectonismo, vulcanismo, terremotos, etc)
começaram a configurar a superfície desses corpos. Em um
dado momento na vida do sistema solar, principalmente nos planetas
rochoso (à saber: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) possuíam vida
geológica ativas e simultâneas, porém como devemos levar em
consideração as trocas térmicas de corpos no cosmos, temos que os
planetas rochosos de menor proporção (logo, aparentemente menor
massa), no caso Mercúrio e Marte, sofreram resfriamento mais rápido,
tal fato contribuiu para que suas atividades geológicas
cessassem primeiro, e por tal motivo é bom considerar que este efeito também ocorrerá em nosso planeta. Mas é bom lembrar que tal fato
não é o único para que haja atividade geológica nos corpos
celestes, e é aqui que entra a beleza do Cosmos, que espanta até
mesmo os mais familiarizados...
A
Terra possui um planeta que é comumente conhecido como nosso planeta
gêmeo, por possuir quase o mesmo tamanho e densidade da nossa
pequena bola azul, seu nome é Vênus, este, é detentor da
mais densa atmosfera entre
todos os planetas rochosos do Sistema Solar, constituído
principalmente de dióxido
de carbono e
uma pequena quantidade de nitrogênio com
grandes e espessas nuvens dióxido
de enxofre,
transformando-o no planeta com o mais forte efeito estufa do sistema
solar (com temperatura miníma de -220 °C e a máxima de
420 °C), e ao que se sabe, desde a missão Mariner 2,
constatou-se altíssimas temperaturas na superfície deste
corpo celeste e uma pressão de quase 92 vezes à da Terra (a mesma
de mais ou menos 1 Km abaixo da superfície do mar !!!),
mas o que aconteceu na história do nosso sistema planetário para
que Vênus se transformasse nesse inferno em forma de planeta?
Especula-se
que inicialmente Vênus (e Marte também) pode ter tido imensos
oceanos como a Terra, a origem dessa água deu-se no choque de corpos
que a continham na formação do sistema solar, contudo, devido à um
mero capricho do Cosmos. Vênus está um pouco mais perto do sol que a
Terra fazendo com que este perdesse seus vastos oceanos com
decorrer dos tempo, bem, sabe-se que a água é uma
das responsáveis por regular o efeito estufa, tanto na
absorção de gases e elementos atmosféricos responsáveis por
esse efeito (como o enxofre por exemplo), devolvendo-os
à superfície através das precipitações (chuva), como
também absorve vários comprimentos de onda acima de 700 nm
(radiação infravermelha por
exemplo). Com as atividades geológicas incessantes (vulcanismo)
lançado em sua atmosfera os gases anteriormente citados e a perda
gradual da água da superfície, aliado à maior
proximidade de nosso sol, Vênus transformou-se no planeta tórrido e
de alta pressão que é hoje, tornando-o QUASE incogitável na
manutenção de vida exoterrestre.
Desde
o lançamento de sondas exploratórias a Vênus, Marte e Mercúrio,
constatou-se que não há mais atividades geológicas nesses corpos,
em Vênus especula-se que há, mas tais atividades não foram
encontradas ainda, apesar desse planeta, assim como a Terra , ainda
possuir núcleo aquecido e talvez líquido (Magma), tornando-o totalmente cogitável para que tais eventos ainda ocorram em sua superficíe. Contudo, há no
Sistema Solar uma pequena lua nos arredores de Júpiter que assim
como a Terra possui intensa atividade vulcânica, aliás, sua
atividade vulcânica é maior que a de nosso planeta, seu nome é Io.
Em
Io os processos geológicos se dão por outros motivos,
principalmente devido a atuação do campo gravitacional do gigante
tempestuoso que ela orbita e de suas outras três luas principais (Europa, Ganimedes
e Calixto), Io se encontra mais próximo de Júpiter que suas
companheiras, e pelo motivo de sua rotação ser de 2:1 (em relação
à Europa), 4:1 (à gigante Ganimedes) e 8:1 (à Calixto), há de
tempos em tempos o alinhamento dessas quatro luas onde as mesmas
exercem forte gravidade sobre Io contrabalanceando a gravidade do
gigante joviano e deixando a órbita da pequena Io elíptica e
possuidora de intensas atividades geológicas como o vulcanismo,
contudo, devido a seu pequeno tamanho, e necessariamente pouca força
gravitacional, os gases que são expelidos juntamente com as erupções
de seus vulcões são dispersos no espaço, como acredita-se ter
acontecido com Marte. Há inclusive na terra paisagens semelhantes às
de Io, como o vulcão Erta
Ale
na
Etiópia, que possui um lago de lava ativo, em uma cratera de 100
metros, o mesmo ocorre em Io, mas seus lagos de lava chegam à
impressionantes 180 metros (!!!!!!).
Maravilhoso
Constatar que nesse assombroso universo, os processos ativos de nossa
formação planetária, ainda que análogos, continuam a existir em
corpos que o homem nunca imaginou constatar.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_Marte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_t%C3%A9rmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_nebular
http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/trocas-calor.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=9090
http://revistaepoca.globo.com/Ciencia-e-tecnologia/noticia/2013/03/curiosity-da-nasa-encontra-evidencias-de-que-marte-pode-ter-abrigado-vida.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Io_(sat%C3%A9lite)
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