por: Elenilton da Cunha Galvão
Considerando
os últimos fatos sobre a morte do então presidente venezuelano Hugo
Chávez, o cenário que cerca a nossa querida América do Sul à
primeira vista é mais sombrio do que apaziguador.
Como
é o esperado, os Estados Unidos já se dispuseram a ajudar os
venezuelanos na eleições que se seguirão,mas, como é de
conhecimento amplo, os norte americanos impõe sua “democracia” à
todo custo, e como foi dito, essa “transição” para a
supracitada “democracia” deve ser feita "conforme
os compromissos da Venezuela com os altos padrões democráticos do
hemisfério" como afirmou Roberta Jacobson que é secretária
adjunta para assuntos da América Latina,
segundo o site Terra. É notório que a posição do agora
presidente Nicolás Maduro não seja tão confortável, o mesmo
inclusive já pediu a expulsão do militar David
Del Monaco do país por, entre outras coisas, “...conspirações
de caráter militar. Atividades ilegais que rompem convênios.
Funcionário dos EUA atuando contra, tentou orquestrar golpe
com militares.” como informou o site Brasil 247.
É
sabido que os EUA a muito tempo aguardam um momento como esse, pois
há registros de inúmeras ntativas de golpes de Estado para a
derrubada do sempre escorregadio Hugo Chávez, como o memorável
golpe de 2002 no qual ele voltou ao poder graças a militares e
compatriotas leais ao seu governo, contudo em uma situação propicia nada mais óbvio que a tentativa norte-americana para a implantação
de sua “democracia” corporativista-monetista-liberal e isso
claramente será efetuado pois é sombrio o futuro venezuelanao sem o
gênio político de Chavez, se de fato isso ocorrer, a opinião desse
humilde escritor que vos fala é muito pior que qualquer conceito de
ditadura que a mídia tanto bate e rebate em países de políticas
nacionalistas e populistas, como a Venezuela, Cuba, Bolívia, Ecuador
e etc.
É
notável a relação de amor e ódio das pessoas em relação a
figura de Chavez, se por um lado ele era acusado de ter apoiado as
FARC, promovido golpes militares em outros países, apoiar governos
no mínimo questionáveis, sustentar grupos paramilitares para repressão aos contrários de seu governo, enriquecimento ilícito e
etc. Pode-se notar também que ele tirou nossa vizinha Venezuela das
mãos de um Estado neoliberal mais corrupto ainda, que afundava sua
população na miséria e no descaso, elevou os sentimentos e a
estrutura nacional com seus petrodólares (Sim, ele vendia petróleo
aos americanos!), estatizou empresas que ao seu ver eram essenciais, e
fez da política Venezuelana referência na nossa latino-america. Sem
contar, claro, que Chavez foi sem duvida alguma um gênio político
de primeira ordem.
O
futuro da Venezuela aparece como nuvens sombrias no horizonte.
Nicolás Maduros terá força para sustentar a máquina bolivariana
que Chavez criou? É incerto, contudo Hugo Chavez confiava em seu
vice e não atoa ele ocupa tal cargo. Certo é que se houver a queda
da república bolivariana, haverá também a queda (como um dominó)
de vários países que a política derivam da implantada na
Venezuela, à saber, Bolivia, Ecuador e etc. Quanto à situação
cubana? Chavez era um dos poucos que ajudavam a ilha à se sustentar
ante tantos embargos que foram impostos pelos americanos, sem os
chavistas ajudando a ilha de Fidel, certamente a situação será
insustentável e a política da pequena ilha também cairá para a
alegria da blogueira Yoni Sanchez.
Resta-nos
aguardar o desenrolar dos fatos para tirarmos mais conclusões. Á
primeira vista, se os apoiadores do regime de Chavez não conseguirem
se sustentar no poder, será perigoso que a república venezuelana
caia em guerra civil, isto se olharmos por uma ótica previsibilista
o que aparentemente é leviano, mas não descartável. Talvez o
presidente Maduros necessite usar do poder
de fato (força
bruta) para conseguir outra vez o poder
de direito
(consentido), mas isto acontecerá somente se os americanos
utilizarem sua politica externa para influenciar os rumos do Estado
que se estabelecerá doravante no nosso país vizinho (estão de olho
na PDVSA), o que certamente acontecerá, isso pode ser justificado
pela própria fala de Maduros pedindo união no país prometendo
continuar fiel ao legado de Hugo Chavez, como aparece em reportagem
do jornal O GLOBO. Torçamos para nossos irmãos venezuelanos de modo
que consigam que todo o processo de transição que se sucederá
ocorra em paz e com o melhor resultado para seu país, afinal, a
democracia nunca foi ou será um regime justo como dizem (vejamos por
exemplo a situação das minorias) tampouco o regime venezuelano pode
ser visto de forma tão autoritária como escrevem. A Venezuela tem
direito à ser soberana e escolher o melhor rumo para seu país.