Nos dias 22 e 23 de junho de 1989, foi realizado,
no Minascentro, em Belo Horizonte, o 4º Seminário Internacional sobre AIDS.
Especialistas dos EUA, da França e do Brasil apresentaram seus conceitos para
três mil pessoas, entre profissionais ligados à área e curiosos. O Prof. Peter
Duesberg foi a grande atração do seminário, por defender a tese de que o HIV
não é o responsável pela AIDS.
Segundo o professor Duesberg, a AIDS é provocada
por um desgaste excessivo do organismo, proporcionado por comportamento que
degrada a saúde e causa a deficiência de imunidade. Com exceção dos
hemofílicos, que adquirem a imunodeficiência por hereditariedade, os
homossexuais, prostitutas, presidiários, pessoas do meio artístico etc., estão
coerentemente vinculados a um “grupo de risco”, por terem, em comum, maus
hábitos comportamentais em relação à saúde, podendo levá-los a adquirir a AIDS.
Porém, a doença não é contagiosa e evolui espontaneamente para a cura, com a
simples inversão desses hábitos, afirma Duesberg. Segundo ele, existe uma
indústria da AIDS que, além de impedir a divulgação da verdade, alimenta o
terror pela doença com a intenção de ampliar a venda de seus produtos.
Prof. Peter Duesberg |
No domingo anterior ao evento, o programa
Fantástico, da rede Globo, apresentou uma reportagem sobre o Prof. Duesberg e
sua teoria, na qual ficava clara a intenção de desacreditá-lo perante a opinião
pública brasileira, o que, com certeza, deu resultado, considerando o ar de
ceticismo que pairava sobre a platéia lotada do Minascentro enquanto o
cientista expunha os argumentos de sua tese.
Outro fato curioso ocorrido durante o seminário foi
a repentina mudança de opinião do Prof. da Faculdade de Medicina da USP,
Ricardo Veronesi. No primeiro dia, ele defendeu ferrenhamente as idéias do
Prof. Duesberg, citando a questão judicial entre EUA e França (os
norte-americanos não queriam registrar os testes franceses), como uma evidência
da existência da indústria da AIDS. Chegou também a acusar nominalmente Robert
Gallo, descobridor do HIV, de ter montado um laboratório para lucrar com a
venda de kitsde teste. Já no segundo e último dia do seminário, o Prof.
Veronesi praticamente chamou o Prof. Duesberg de louco. Disse que ele já estava
"queimado" nos EUA e que, se não cedesse, ficaria desacreditado
perante a comunidade científica brasileira.
Alemão radicado nos Estados Unidos, biólogo
molecular da Universidade da Califórnia, o Prof. Peter Duesberg era considerado
por seus colegas um dos maiores virologistas do mundo e foi eleito, em 1986,
para uma seleta cadeira na Academia Nacional de Ciências americana. No ano
seguinte, após tornar pública a sua tese, perdeu a dotação da verba de pesquisador
emérito (da ordem de 500 mil dólares anuais) e colocou em risco sua reputação e
carreira. Atualmente, passa metade do ano na Alemanha e, apesar de ter perdido
o financiamento para suas pesquisas, conta com o apoio de mais de 600
cientistas de vários países (inclusive o de Kary Mullis, Prêmio Nobel de
Química em 1993), que acreditam não existirem provas suficientes para atribuir
a causa da AIDS a um vírus.
O Prof. Duesberg mantém as mesmas posições em
relação à sua tese, desde o final dos anos 80 e possui hoje uma página na
internet (www.duesberg.com). Em parceria com seu colega David Rasnick, publicou
um artigo na revista Continuum, em 1997, onde ambos afirmam que as drogas
anti-HIV, como o AZT, prejudicam a reprodução das células do sistema imunológico
— o que explica o fato de pessoas com imunodeficiência não evoluírem para a
cura espontânea e o de portadores do HIV, que também consomem esses
medicamentos, desenvolverem a síndrome. Ou seja, para eles, os remédios
anti-HIV representam “AIDS por prescrição médica”.
O livro "AIDS — Verdade e mito, histórias e
fatos", do Dr. Jacyr Pasternak, mostra estudos que comprovam a veracidade
da tese do Prof. Duesberg, de que a teoria do vírus é uma farsa inventada e
mantida, até hoje, por cientistas ligados a laboratórios multinacionais. A
história da AIDS, conforme o livro, começa em 1981, quando o Dr. Gottlieb, de
Los Angeles, passou a observar um considerável número de ocorrências de
pneumonia grave, fatais, aliadas a um câncer dos vasos sanguíneos que parecia atingir
exclusivamente homossexuais masculinos e, em particular, uma subpopulação desse
grupo, denominada fast lane. Os homossexuais desse grupo chegavam a ter de mil
e quinhentos a dois mil parceiros por ano, o que representa, no mínimo, 4 a 5
relações sexuais por dia.
Considerando o desgaste das excessivas relações
sexuais (ainda maior no caso homossexual), aliado aos hábitos deploráveis desse
grupo em relação à saúde (vida noturna, má alimentação, uso de drogas
injetáveis, álcool, cigarro etc.), pode-se deduzir a que lastimável estado de
degradação física chegavam essas pessoas e o quanto estavam debilitados seus
sistemas imunológicos. Muitos chegavam à fase terminal sem se absterem de seus
hábitos.
Outro quadro de deficiência imunológica foi
observado em indivíduos da população subnutrida da África e do Haiti. Casos de
imunodeficiência, juntamente com a doença que a acompanhava, eram facilmente
diagnosticados, por apresentarem sinais e sintomas típicos e, na maioria das
vezes, mesmo na fase aguda, evoluíam para a cura espontânea, com ou sem
qualquer tratamento.
São mais de 20 anos de controvérsias, que
propiciaram a formação de uma fortuna incalculável e que causaram milhares de
mortes.
Atualmente, pouco ou nada mudou. As controvérsias
perduram e quase nenhuma informação verdadeira chega ao alcance da opinião
pública mundial, que convive com o espectro da AIDS e acredita na tese
dominante — uma mentira bilionária e assassina. Diante do impasse,
profissionais inescrupulosos buscam justificativas paliativas que mantêm vivo o
empreendimento. Apesar de existirem 4.000 casos registrados de AIDS sem a
presença do vírus HIV, Avidan Neumann, cientista israelense, chama o Prof.
Duesberg de anacrônico e diz que, hoje, quando o RNA (código genético) do vírus
é encontrado no organismo, a doença está detectada, podendo iniciar-se o
tratamento.
Em julho de 2000, o presidente da África do Sul,
Thabo Mbeki, promoveu um debate, em Durban, sobre o HIV como causa da AIDS. O
Prof. Duesberg foi convidado para discutir sua teoria com mais 30 cientistas e
conseguiu convencer o promotor do evento, que acompanhou as explanações dos
participantes. Com isso, o presidente sul-africano deixaria de comprar e
economizaria dez mil dólares/pessoa/ano em medicamentos anti-HIV, que seriam
fornecidos para as mulheres grávidas do seu país — dá para imaginar,
rapidamente, a cifra total dessa economia. Três meses depois, foi realizada a
13ª Conferência Internacional sobre AIDS, na própria África do Sul, onde cerca
de 5.000 cientistas de 80 países assinaram uma declaração reafirmando a tese de
que a AIDS é causada por vírus. A pressão política foi grande e o governo
sul-africano acabou permitindo que alguns hospitais passassem a oferecer drogas
anti-AIDS para as gestantes.
A revista “Super Interessante” (dez/2000) publicou
uma matéria sobre a polêmica causada pela tese do Prof. Duesberg na comunidade
científica mundial. Porém, na realidade, a tese de que a AIDS não é causada por
vírus raramente é comentada, o assunto parece ser proibido no meio
jornalístico, tornando surpreendente até mesmo o fato de terem liberado a
publicação dessa tímida reportagem na revista.
A indústria da AIDS movimenta mais de 2,5 bilhões
de dólares por ano, só nos Estados Unidos. Por mais que se possa tentar reduzir
o valor do cálculo do lucro desse mercado no plano mundial, ele poderá parecer
absurdo. Seria mais fácil acreditar na exorbitância do valor da soma, se for
considerado que a indústria da AIDS comercializa seus produtos, na maioria das
vezes, diretamente com órgãos de governos. Em países como o Brasil e até mesmo
em alguns do 1º mundo, onde a corrupção impera, é pouco provável que algum
político queira apoiar uma tese científica que possa abalar esse lucrativo
negócio, ou que sobreviva no cargo, caso tente. No exemplo citado, da África do
Sul, membros do Ministério da Saúde e até Nelson Mandela pressionaram e
conseguiram mudar a decisão do presidente Mbeki, de não comprar medicamentos
anti-HIV. Talvez nem mesmo Fidel Castro, acostumado a combater forças poderosas
e a lidar com todo tipo de represálias, estivesse disposto a enfrentar esse
império bilionário.
Na comunidade científica, não é difícil avaliar
como e até onde a indústria da AIDS exerce influência, tendo em vista os
relatos históricos, o boicote ao Prof. Duesberg e a discriminação aos seus
colegas, defensores da sua tese, rotulados de “rebeldes da AIDS”. Difícil é
entender como, diante de tantas evidências de uma causa comportamental, pessoas
com conhecimento sobre o assunto possam acreditar na contraditória teoria que
diz ser a AIDS causada por vírus.
Qual é o grau de comprometimento dos cientistas com
os laboratórios multinacionais? E das universidades? E dos médicos, do mundo
inteiro? Onde está a ética? Falta coragem, como a que teve o Prof. Duesberg?
Bem, diante de um poderio de centenas de bilhões de dólares, uma das boas
respostas poderia ser a do virologista americano Dr. Robert Gallo, um dos
“inventores” do HIV, quando questionado sobre a polêmica: “A teoria defendida
pelo meu ex-colega Duesberg não vale a pena ser discutida”.
Casos comoventes, como o do cantor Cazuza e de
outras pessoas famosas no Brasil e no mundo, que involuntariamente foram
convertidas em marketing publicitário pela indústria da AIDS, levam à reflexão
sobre a triste realidade vivida, também, por milhares de ilustres
desconhecidos, vítimas da crueldade capitalista. Mas, acima de tudo, evidenciam
a incapacidade do homem de pensar por si próprio, afastado da razão e
passivamente preso a uma rede de imposturas armadas pelos donos do poder
mundial, que sempre, em todos os tempos, só se preocuparam com suas fortunas,
impreterivelmente conquistadas às custas de vidas humanas.
Fonte: http://www.taps.org.br/Paginas/oaidsartigo07.html